sexta-feira, 17 de junho de 2011

De pe no chao tambem se aprende a ler: homenagem

_MG_0072

Marcando as comemorações dos 50 anos dacampanha De pé no Chão também se aprendea ler, a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa poriniciativa do deputado Fernando Mineiro na manhã desta sexta-feira, 17, tambémlevantou questionamentos sobre os rumos da educação em Natal e no país e rendeuhomenagens a professores, trabalhadores e ex alunos do projeto.
A campanha foi implantada em Natal no ano de1961, na gestão do então prefeito Djalma Maranhão, mas foi interrompidabruscamente com o golpe militar. Começou com ensino primário para criançasresidentes nos bairros carentes da cidade. As aulas aconteciam em escolas dechão batido e cobertas de palha, verdadeiros acampamentos.
Odeputado Fernando Mineiro lamentou a brusca interrupção do projeto: “Se issonão tivesse acontecido, nosso País teria ganhado muito”. Mineiro está numamobilização para que o projeto ganhe uma homenagem a nível nacional, virandoselo comemorativo dos Correios.
Educadorese representantes do programa Educação de Jovens e Adultos de diversosmunicípios do RN lotaram o auditório do plenarinho da Casa. Todas as autoridadesna área de Educação convidadas destacaram a importância do antigo projeto que diminuiuo analfabetismo e em três anos matriculou cerca de 17 mil alunos a um custo demenos de 2 dólares per capita. Também alertaram para a necessidade de que asiniciativas existentes a fim de acabar com o número de analfabetos eanalfabetos funcionais no País sejam fortalecidas.
Aprofessora Marisa Narciso, do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da UFRNdisse que o RN fez um trabalho pioneiro e de vanguarda, porque houve a união domovimento popular e do estado e alertou: “A educação de jovens e adultos aindaprecisa ser bastante intensificada”.
Aprofessora aposentada Maria Salete Souza, uma das primeiras a trabalhar nacampanha, fez um relato emocionado sobre a experiência em sala de aula nobairro das Quintas e do dia em que foi impedida pelos militares de exercer suaatividade. “Nem caneta vermelha podíamos ter. Eles apreenderam tudo”, disse.
Oprofessor Alexandre Maranhão, sobrinho neto de Djalma Maranhão, foi outrohomenageado: “Vejam como é fácil mudar esse país para melhor através de umainiciativa simples como essa. Mas é preciso ter compromisso. Djalma era honestoe ético e tinha compromisso não só com a educação, mas com a transparência ecom o povo de Natal”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário