terça-feira, 13 de julho de 2010

Energia eólica ainda é rara, mas dobra no mundo a cada três anos


Considerada das fontes mais limpas disponíveis, a energia eólica cresceu em todo o planeta 31,7% entre 2009 e 2008 e a tendência é que a cada três anos ela dobre de tamanho, segundo dados da WWEA (Associação Mundial de Energia Eólica). Mesmo com esse desempenho, ela responde por apenas 2% de toda a oferta existente no mundo, se comparada a outras formas de energia.

Apesar do número ainda baixo, a energia eólica é das mais antigas fontes de que se tem notícia.Pode-se considerar que entre 2.800 a.C e 3.000 a.C. surgiram os primeiros barcos movidos a vela, ou seja, que utilizavam a energia dos ventos. E por volta do ano 2.000 a.c – portanto há 4 milanos –, apareceram as primeiras formas de moinho de vento.

Esses exemplos mostram que o homem aprendeu há muito tempo a trabalhar com a energia existente nos ventos. Mas sua transformação em energia elétrica é relativamente recente. Nos anos 30 do século passado moinhos de vento produziam energia elétrica em áreas rurais da Europa e dos Estados Unidos.

Mas foi a partir dos anos 70, com a chamada crise do petróleo, que as grandes potências mundiais passaram a ver na energia eólica uma alternativa energética. E somente na virada dos anos 80 para os anos 90 é que elas ganharam defensores também por seu apelo sustentável.

Como funciona

A energia eólica funciona, resumidamente, com a captação da energia existente nos ventos. O ar é um fluido como a água que, quando se move, gera uma energia que pode ser capturada. No caso da água, em turbinas de uma usina hidrelétrica. No caso do vento, pelas pás, que giram um eixo ligado a um rotor, por sua vez ligado a um gerador. Pronto. Tem-se energia.

A maior vantagem da energia eólica é ser renovável e praticamente não poluente. “Praticamente” porque uma fazenda eólica – conjunto de torres de captação – envolve a construção de peças e uso de materiais numa cadeia que muitas vezes utiliza outras formas de energia. Mas esse volume é insignificante perto do potencial de energia limpa gerado.

Outra vantagem é que todos os países do mundo podem gerar sua própria energia, ao contrário do que acontece com fontes não renováveis.

No campo das desvantagens, a energia eólica é ainda pouco confiável – nem sempre o vento gerado é suficiente. Por isso esses sistemas eólicos costumam ter como sistema reserva um conjunto de energia não renovável e poluente, anulando parte de seus benefícios.

No Brasil

No Brasil, o potencial instalado de energia eólica é ainda inferior à média mundial, somente 0,25% do total. As regiões Nordeste e Sul, nessa ordem, são as de maior potencial de geração de energia eólica no país.

Apesar do resultado ainda tímido, a capacidade de geração de energia eólica no Brasil cresceu 78% em 2009 em relação ao anterior, saindo de 341 megawatts para 606 megawatts. O maior produtor mundial desse tipo de energia são os Estados Unidos, com 35 gigawatts – ou 58 vezes mais que o Brasil.

O efeito da oferta crescente é o preço em queda. O custo de sua geração em 2005 era equivalente a 20% do que custava no final dos anos 90.

Fonte: Andrés Bruzzone Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário