quinta-feira, 27 de maio de 2010

Às vésperas da Indy 500, Bia Figueiredo reduz exercícios


Bia Figueiredo, a primeira brasileira a correr nas 500 Milhas de Indianápolis, anunciou que reduzirá a sua rotina de exercícios na semana que antecede a prova. Acostumada a malhar por cerca de três horas em cinco ou seis dias por semana, a paulista diminuirá essa carga para uma hora e meia por dia.

"Na semana da corrida, até pela quantidade de compromissos com a categoria, a equipe, os patrocinadores, os fãs e a imprensa, é difícil manter a rotina do meu programa físico e não é o melhor momento para ganhar preparação. A partir de quinta-feira, meus treinos serão bem leves. O importante é eu chegar ao domingo cheia de energia para a corrida", comenta a pilota da Ipiranga Dreyer & Reinbold Racing.

Desde que desembarcou em Indianápolis, em 12 de maio, a atleta passou por um treinamento intenso. "A cada ano que passa, meu treino fica mais intensivo, até porque a necessidade vai aumentando. O carro da Indy é pesado, as corridas são bem mais longas que as da Indy Lights e em Indianápolis enfrentamos forças de 5G nas curvas", explica.

O programa de exercícios da primeira pilota do Brasil em uma categoria top do automobilismo internacional é baseado em corrida, musculação, bicicleta, circuitos e tiros de 100 metros . Para enfrentar os 805 quilômetros da Indy 500 acelerando a mais de 350 km/h , o treinador pessoal Ferando Conceição ampliou a carga de exercícios cárdio-vasculares, visando aumento a resistência e perda peso.

"O Fernando Conceição, meu preparador físico há cinco anos, faz treinos diários comigo. Explico minhas necessidades para cada corrida e ele não me dá vida fácil. É muito importante ter o Fernando me orientando, pois sempre chego mais perto do meu limite quando ele está comigo", conta a pilota.

"Um piloto precisa ter peitoral, ombros, braços, pescoço, costas e abdome muito resistentes e fortes. É preciso também fortalecer pernas e glúteos, por causa do acelerador e do freio. A parte cárdio-vascular é extremamente importante. Temos que aguentar, no caso da Indy 500, mais de três horas de corrida", completa Bia, que segue uma dieta rígida, sem doces e basicamente composta por grelhados, saladas, arroz integral e feijão, lentilha, grão de bico ou outros grãos.

"Sempre fui muito magra, mas quando morei por alguns meses na Inglaterra, em 2007, para treinar de Fórmula Renault e Fórmula 3, engordei seis quilos. Quando voltei ao Brasil, procurei uma nutricionista, a Daniela Jobst, que me ensinou a comer com qualidade. Balanceio meu treino com uma boa nutrição para ganhar mais desempenho cárdio-vascular e muscular", afirma a brasileira

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